"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Toda terra treme quando a Boracéia fala...







Cenas do espetáculo SACRA FOLIA, resultado da avaliação de Prática de Montagem II, realizado na ETDUFPA em Dezembro de 2009.
Meu personagem era Boracéia, foi realmente engraçado!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A Velhice

É a hora do Ângelus.
O sol vai desaparecendo por trás da montanha no horizonte.
Sentado numa cadeira de balanço, no pátio do chalé, o velhinho – cabelos brancos, olhos fundos, quase sem enxergar, o rosto sulcado de rugas e as mãos trêmulas – dirige o olhar para o monte longínquo, que surge enevoado aos seus olhos (também os seus cabelos foram tingidos pelas neves dos anos...).
...quantos anos se passaram na ampulheta da vida.
Ele recorda os idos de sua infância, quando corria nas campinas verdejante, perseguindo as borboletas, tocando o gado para o curral, soltando os seus enormes papagaios coloridos que subiam, subiam mais alto que a montanha.
Depois, veio a juventude, o amor, os bancos acadêmicos, a realização de todos os seus sonhos dourados.
Foi feliz? Sim, foi feliz e a vida lhe sorriu.
Jamais sentiu no coração o travo amargo das desilusões.
Sua existência foi como um dia de sol, cheio de alegria, de luz, de calor, de energia.
Agora o sol está no poente, e ele sente que em breve mergulhará nas trevas da noite.
Assim sua vida, se esvai pouco a pouco, engoljando-se lentamente no acaso dos anos.

Texto de Pedro Tupinambá, meu avô, imortal da academia paraense de letras

Essa tal Adversidade...

Aprender a conviver com as pessoas.
Um desafio constante.
Aqui em casa pelo menos, nada mais hipócrita,
que te desejarem "Feliz Aniversário", mas só te tratam
bem porque é seu aniversário.
Odeio isso.
Aliás, me mandei no dia do meu niver.
É, sumi e ponto final.
Nem parabéns, nem bláblá blá.
Só aceitei mesmo os parabéns dos meus colegas
de turma e olhe lá.
Nada mais justo, já que
passo muito mais tempo com eles do que com minha família.
Cara, isso até me preocupou, foi o primeiro niver
em que não tive bolo ou presentes. NADA.

Adversa, adversidade, adversário.
Um anagrama até interessante, para comparar definições
Por falar em comparações, 90% da minhas brigas com o noivo
são por causa de comparações.
Minha última experiência com o teatro, acabou em
malditas comparações...
E por que se compara?
Por que somos diferentes.
ADVERSIDADE.

Enfim, só me resta sobreviver ao fator.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Não há gente como a gente; gente de Teatro...





















"Nem a loucura do amor, da maconha, do pó, do tabaco e do álcool
Vale a loucura do ator quando abre-se em flor sob as luzes no palco
Bastidores, camarins, coxias e cortinas
São outras tantas pupilas, pálpebras e retinas
Nem uma doce oração, nem sermão, nem comício à direita ou à esquerda
Fala mais ao coração do que a voz de um colega que sussurra "merda"
Noite de estréia, tensão, medo, deslumbramento, feitiço e magia
Tudo é uma grande explosão mas parece que não quando é o segundo dia
Já se disse não foi uma vez, nem três, nem quatro
Não há gente como a gente, gente de teatro
Gente que sabe fazer a beleza vencer pra além se toda perda
Gente que pôde inverter para sempre o sentido da palavra "merda"
Merda, merda pra você
Desejo merda
Merda pra você também
Diga merda e tudo bem
Merda toda noite e sempre a merda.

Caetano Veloso"