"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."

terça-feira, 27 de abril de 2010

Exercitando os "causos" do Oculto....>>>>>>>



             Dessa vez o desafio era contar as experiências ocultas acontecidas em nossa família....
          Depois de ouvir,arrepiada, as histórias do Paulo e do Rafa, consegui lembrar de duas historias minhas bem cabulosas... Respirei fundo e as imagens fluíram em minha mente...
Lembrei primeiro do mistério que me ocorreu numa igreja evangélica, onde eu entrei numa espécie de transe e acabei indo parar no palco, ao lado do pastor. Gente foi incrível, eu realmente não me lembrava de nada... Depois, lembrei de outra história, a que eu decidi contar pra turma... Mas segura a curiosidade aew nêgo porque eu vou deixar pro próximo post...=P
Wlad escolheu a dedo quem iria contar e a gente escutava quieto e durinho, que nem boneco de miriti vendo o círio passar... Pois bem, Ives e Jean; Devison e Patrícia; Kátia e Felippe. Foram eles os protagonistas dos contos da noite. Pouco a pouco iam se revelando histórias que remetiam o imaginário, ocorridas na vida real e que deixaram meus pelos todos em pé...
Na vez da Kátia, confesso que já esperava pelo o que aconteceu, mas o susto foi inevitável. Toda aquela tensão envolvida no “causo” em contraste à quietude do Felippe, que apenas escutava, talvez com medo dos famosos “santos” da Kátia, e que se fizeram presentes num único sacolejar, suficiente pra dar um susto em toda turma. Foi a imagem que ficou, hilariamente relatada pelo Renan ao dizer: “Eu vi o Felippe como se fosse o Chico Xavier recebendo a entidade Kátia...” é Renan, e eu jurava que a Rose ia passar mal de tanto rir, ela raxaaaaaaava!
E assim mais um dia de nossas trajetórias, até o próximo post!

Manual prático para sonhar acordado à luz de velas.



O francês Gaston Bachelard (1884-1962) era nos anos de 1950 o equivalente mais próximo que a Europa tinha de um filósofo com jeito de Papai Noel. A semelhança ia além dos cabelos e barbas brancos e do olhar doce que dá a alguns velhos uma beleza serena. Bachelard era, de fato, um bom homem, que a imprensa de seu tempo retratou como um professor de modos calmos e disposição infatigável de acolher todos aqueles — e eles foram muitos — que se interessavam por sua obra.
Há algo de sui generis nessa obra e na personalidade intelectual de Bachelard, e isso deve muito ao fato de ele juntar em seus escritos dois temas distintos: a ciência moderna, com sua parafernália conceitual inspirada sobretudo na Relatividade de Eistein e na Mecânica Quântica de Planck, e a poesia, com sua profundidade lírica. Curioso é que os dois lados não se misturam: Bachelard estava convencido de que era preciso ter o máximo rigor para refletir sobre a ciência e a máxima liberdade para experimentar a literatura.
Num dado momento de sua vida, quando já tinha publicado densos trabalhos de análise do pensamento científico, Bachelard descobriu as imagens poéticas e passou a produzir livros de intenso lirismo que analisam obras de diversos autores. Ele cunhou então uma fórmula de grande beleza para exprimir essa duplicidade de interesse: o homem diurno da ciência, que deseja tornar todos os conceitos claros, e o homem noturno da poesia, que deseja a penumbra para sonhar com as imagens evocadas pelos poemas.
A comunidade pensante do Ocidente deve ao Bachelard Noturno um tratamento interessante e inspirador do tema da solidão. Seu pensamento trabalhou e aprofundou a idéia de que a solidão é criadora, na medida em que é nela que o espírito cria e alarga seus horizontes, reconectando o passado ao presente por meio da memória e projetando o sonhador no futuro por força da imaginação. Esse processo é feito durante o devaneio, o ato solitário de sonhar acordado a partir de imagens poéticas.
O devaneio assume relevância central na obra de Bachelard. O filósofo elaborou uma classificação em que eles variam conforme o tipo de imagem que os inspira. Assim, por exemplo, há devaneios do ar, da terra, da água e do fogo. Foi ao analisar estes últimos que Bachelard teve a idéia de escrever um pequeno livro que pode ser incluído entre as mais belas produções do pensamento ocidental do século XX. Seu título é poético —A chama de uma vela — e seu objetivo não é outro senão traçar uma pedagogia do ato de sonhar acordado.
Desfazendo-se de qualquer método filosófico de análise, Bachelard usa seu próprio caso para ilustrar a idéia de que o leitor ou a leitora que tem um livro aberto diante dos olhos, sob o clarão de uma vela, fica tentado a dar asas à imaginação: "Temos pela chama uma admiração natural, ouso mesmo dizer: uma admiração inata. A chama determina a acentuação do prazer de ver, algo além do sempre visto. Ela nos força a olhar", diz ele, e ao ler isso ficamos tentados a imaginar o bom velhinho com os olhos brilhando diante da vela.
Nas breves páginas de seu livro, o filósofo, vendo aproximar-se o apagar de suas próprias luzes, faz uma tocante exortação ao sonho que dignifica e justifica os momentos de solidão em que nós, leitores, nos abrimos em devaneio para as imagens poéticas banhadas pela chama trêmula das velas: "A chama, dentre os objetos do mundo que nos fazem sonhar, é um dos maiores operadores de imagens. Ela nos força a imaginar. Diante dela, desde que se sonhe, o que se percebe não é nada comparado com o que se imagina".
Seguindo por um caminho que confronta a tradição de pensamento que estimagtiza a fantasia, Bachelard afirma de modo corajoso a dignidade do devaneio e seu sentido profundo: "Um ser sonhador feliz de sonhar, ativo em sua fantasia, contém uma verdade do ser, um destino do ser humano". Depois de ler passagens como essas, vemos o quanto foram preciosos aqueles momentos que, da infância à idade adulta, passamos em solidão criativa diante de uma página cheia de imagens.
A chama de uma vela tem entre seus entusiastas brasileiros nomes como o do escritor Rubem Alves, que a citou em mais de uma crônica. A partir dessa citação, o livro se tornou conhecido e procurado. Nem isso, porém, animou as editoras a produzir uma segunda edição em português. A única disponível, esgotada há muito, foi publicada em 1989 pela Bertrand Brasil, com tradução de Glória de Carvalho Lins, e transformou-se numa espécie de raridade disputada pelos leitores no mercado livreiro nacional.
Por isso, ou por obra do destino, precisei esperar muito para conseguir um exemplar. Ele chegou no início deste mês, pelo correio, vários anos depois de eu ter lido pela primeira vez uma referência à pequena grande obra de Bacherlard. Nestes dias que antecedem a chegada da Primavera, este adepto do devaneio em que me transformei desde a infância recebeu o pequeno volume como quem recebe um caro amigo aguardado há longos anos. Sinto que valeu a pena esperar, como mostram as passagens a seguir, que para mim tiveram o sabor de um presente de natal antecipado:
A chama é um mundo para o homem só.
Então, se o sonhador inflamado fala com a chama, fala consigo mesmo. Ei-lo poeta. Ampliando o mundo, o destino do mundo, meditando sobre o destino da chama, o sonhador amplia a linguagem, já que exprime uma beleza do mundo. (...) O próprio psiquismo se amplia, se eleva. (...) Para atingir esta 'altura psíquica' é preciso encher todas as impressões, insuflando-lhes matéria poética.

As fantasias da pequena luz nos levam de volta ao reduto da familiaridade. Parece que existem em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxuleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis. Comunga com os valores que lutam, portanto, com a luz fraca, que luta contra as trevas. (...) Com a fantasia da pequena luz, o sonhor se sente em casa, seu inconsciente é como se fosse sua casa. O sonhador! — esta duplicata de nosso ser, este claro-escuro do ser pensante — tem, na fantasia da pequena luz, a segurança de ser.

Quem confiar nas fantasias da pequena luz descobrirá esta verdade psicológica: o inconsciente tranquilo, sem pesadelos, em equilíbrio com sua fantasia, é exatamente o claro-escuro do psiquismo. (...) Imagens da pequena luz nos ensinam a gostar desse claro-escuro da visão íntima. (...) Um sonhador (...) compreenderá instintivamente que as imagens da pequena luz são lamparinas íntimas. Suas luzes pálidas tornam-se invisíveis quando o pensamento trabalha, quando a consciência está bem clara. Mas quando o pensamento repousa, as imagens vigiam.

O aspecto poético de uma fantasia nos faz conformarmo-nos com esse psiquismo dourado que mantém a consciência deperta. (...) A chama nos mantérá nessa consciência da fantasia que nos mantém acordados. Dorme-se diante do fogo. Não se dorme diante da chama de uma vela.

Assim, nos tempos em que se sonhava pensando, em que se pensava sonhando, a chama da vela podia ser um sensível termômetro da tranquilidade da alma, uma medida da calma fina, de uma calma que desce até os detalhes da vida — de uma calma que dá uma graça de continuidade à duração que segue o curso de uma fantasia pacífica. Quer ficar calmo? Respire suavemente diante da chama leve que faz sossegadamente seu trabalho de luz.

#TEXTO DE MÁRCIO ALMEIDA JÚNIOR #

terça-feira, 20 de abril de 2010

O Apelo Afetivo do Cheiro

 O mais incrível no cheiro pra mim, é a capacidade que ele tem em fazer alguém se apaixonar!


Aqui mais uma aula da Wlad,  e eu consegui finalmente, atualizar o blog....
Bem, esta aula foi totalmente biológica e quero agradecer ao nosso colega Ives pela enorme colaboração, bem como encorajá-lo a experimentar mais vezes a biologia para o teatro!
Segue aqui um vídeo que mais me identificou com a aula de hoje .
Adorei a musiquinha... =]

Sinestesia

No cérebro de um sinestésico as cores têm propriedades que não podemos imaginar, por exemplo o vermelho pode ser sólido, o amarelo é brilhante, uma barra de chocolate lembra a cor púrpura e tem aroma de azul escuro. Em alguns casos o tato pode ser associado, como uma pancada no canto da mesa que remete à cor marrom ou o laranja da confusão.
Isto não são conceitos culturais como dizer que vermelho é quente e branco é paz. São percepções fisiológicas com respostas químicas cerebrais, são realmente percebidas desta forma e de uma maneira particular a cada caso.

Tempo, Espaço e Memória

"Neste 3° encontro, Rose nos apresentou a sua leitura do Texto “Tempo e Memória”. É fascinante como o tempo transforma tudo e todos que estejam sujeitos ao seu poder, mas mesmo o tempo vem sendo ameaçado por este cotidiano eufórico e conturbado que nós vivemos, a tecnologia nos proporciona uma velocidade de informações e contatos inigualáveis, e isso acaba causando uma perda do tempo vivido, não se visita mais um lugar para poder conhecê-lo, não se vai mais até o outro lado da cidade para falar com a pessoa desejada, não se tem mais tempo para brincar, reencontrar amigos, desabafar, viver em fim não se tem mais tempo para o tempo."
Vídeo-poesia sobre tempo e memória, texto e realização de Vicente Duque Estrada.




Casamento dos meus avós maternos!


Meu irmão do meio e eu (com 13 anos)

Meus pais e minha filha!


Colando os Pedaços...

Segurei até onde deu. Mas hoje, eu preciso admitir tudo o que você causou em mim, tudo o que to sentindo, e principalmente, dizer que abomino o modo como me comportei... Fruto de um surto somado ao mais puro desespero por saber que nunca poderei te ter.

Em Pedacinhos
Adoro te ouvir falar... Posso ficar horas observando cada gesto, cada palavra...
Adoro olhar nos seus olhos enquanto você fala...
Era tudo diferente... Você realmente se preocupava comigo...
Mas destruí tudo.

Não sei direito como tudo isso começou: um dia eu olhei pra você e algo muito estranho aconteceu... Eu queria te olhar de novo e de novo e de novo...
Tua companhia me deixava nas nuvens... Simplesmente aconteceu.
Meu coração acelerou e eu te quis mais que tudo nesse mundo...
E pra minha surpresa, o desejo era recíproco.

Acordei. O dia tava lindo... E recebi uma ligação.
Era do céu. Chamando pra conhecer o paraíso.
Lembro de como fiquei nervosa, de como hesitava e ao mesmo tempo tinha certeza.
Lembro que eu tentava lutar contra um sentimento que simplesmente me devastava...
Lembro da alegria que não cabia em meu peito.
Eu explodia de felicidade. Era um sonho.
Sentia como se tivesse acabado de me tornar adolescente.
E eu aceitei conhecer o céu.
E eu o conheci na sua mais absoluta plenitude.
Em seguida, destruí tudo.
                         
É uma tortura te ver todos os dias...
Sentir a tua presença tão perto e tão longe...
Ouvir sua voz... E não poder fitar seus olhos
Sinto falta de tudo.
Do carinho e de toda a amizade construída.
É um castigo...
Eu destruí tudo, em pedacinhos.

Conheça a Katia Canton e suas obras!!!

terça-feira, 13 de abril de 2010

2ª aula - dia 29/03/2010 - NARRATIVAS ENVIESADAS

SEMINÁRIO:
O expositor foi o Raimundo Silvano e a comentarista foi a Patrícia Grigoletto.
Falamos sobre narrativas enviesadas.
Pra mim foi muito confuso no início, o Silvano colocou td no contexto da geografia e ficou difícil eu observar o miolo da coisa. Quando a Paty começou a falar e a turma começou a articular as informações, comecei a entender melhor, mas foi somente no debate que a coisa ficou explicada.
Bem, foi o primeiro seminário, estamos "hiper-correndo-atrás" espero que no próximo encontro, já tenhamos superado mais o nervosismo, conseguindo assim evoluir na disciplina.

"Entendendo melhor as narrativas enviesadas, penso que elas expressam o mundo atual,em sua mais absoluta essência veloz, em todo seu "bombardeio de informações", onde estamos sempre "linkando" coisas, às vezes até absurdas, sem necessariamente resolver alguma situação, mas que de alguma forma sabemos que elas se relacionam, encontrando um sentido ao colar um fato com outro.Fazendo novas cenas com o resultado dessas colagens.
Um exemplo teatral meu de narrativas enviesadas, foi TAYO TO AME, onde a peça nasceu da colagem das narrativas particulares de cada ator-criador, partindo de um mesmo texto."


DINÂMICA:
Tínhamos que lembrar de uma imagem da infância e a representar.
Em seguida, a Wlad perguntava quantas pessoas faziam parte da nossa família e pedia aos alunos que,voluntariamente, representassem um membro de nossa família e baseados em impulsos de seu coração realizassem movimentos.
Os movimentos eram livres e depois de algum tempo a pessoa que havia lembrado de sua imagem de infância saía de cena e a via de fora, constatando ou não semelhanças com sua família de fato.

Wlad pediu para que comandássemos o jogo e dois alunos foram voluntários: Rafael e Leandro.
O Rafa passou uma sequência de comandos e ao saber que teria de repetÍ-los mais uma vez,acabou perdido.
Leandro deu apenas três comandos porém, confusos, acredito que nem ele sabia o que queria, tornando assim muito rico o nosso momento de partilha depois que a atividade tinha se findado, pois analizamos nossa postura quando recebemos uma ordem e de como repassamos uma ordem criada por nós mesmos.

Eu fui várias vezes em cena, confesso que já estava bem cansada, mas gostei.
Gostei de sentir os novos colegas em cena comigo, os comandos apesar d confusos, serviram pra gnt ver que não é fácil... é preciso dedicação e observação.


e por hj eh só galera até o próximo post.
bjokas!