"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."

terça-feira, 23 de novembro de 2010

ILUSÃO DRAMÁTICA

Expressão do teatro clássico para traduzir uma situação dramática marcada pelos efeitos de uma falsa representação da realidade, tratando-se, em regra, de uma perspectiva irónica sobre algo que se representa pelo seu contrário.
O público deve reconhecer o engano simulado pelo actor na criação da ilusão dramática, de outra forma o sentido perde-se.
A expressão acaba por ser sinónima do que Colleridge chamou “the willing suspension of disbelief”, um processo de criação de uma miragem do real que permitirá que a obra de arte se torne válida em termos estéticos.
Por outras palavras, este tipo de representação implica a cumplicidade do público para que a realidade simulada seja identificada com o modelo que representa.
A ilusão dramática pode ser utilizada em outras formas artísticas. Muitos romancistas fazem depender a estratégia de simulação do real de mecanismos de ilusão narrativa.
A sensação a despertar no espectador é sempre a de uma total convicção sobre a autenticidade do facto representado.
De notar que no teatro contemporâneo, seguindo a linha desconstrucionista da arte ocidental, fortemente anti-representacional, se prefere muitas vezes deixar claro perante o espectador que aquilo que se transporta para o palco é de facto uma mera ilusão sem correspondência alguma com a realidade.
O envolvimento do espectador no próprio texto da representação, por exemplo, ajudará a anular qualquer tentativa de criar uma ilusão dramática.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dia da Bandeira!! >>> Niver do vovô!! 92 aninhos...

Pedro de Brito Tupinambá

Escritor, folclorista, poeta e jornalista. Ocupava a cadeira nº36, cujo patrono é Terêncio Porto. Coronel médico na reserva da Aeronáutica, nasceu a 19 de novembro de 1919, em Manaus, Amazonas. Filho de Hermes Afonso Tupinambá e Maria Agostinha de Assis Tupinambá. Reside em Belém, Pará.
a na Cursos: Medicina, Especial de saúde da Aeronáutica, Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica, Direção de serviços (ECEMAR), Segurança Nacional e Desenvolvimento (ADESG), Folclore (Fac. Filosofia da UFPA) e outros.
Condecorações : Medalhas – Campanha do Atlântico Sul, Mérito Dumont, Militar de Prata, cultural José Veríssimo, da APL, Benemérito da Liga da Defesa Nacional, Cultutral Prof. Dr. Acilino de Leão e outras.
Entidades culturais a que pertence: Academia Paraense de Letras, Associação Brasileira de Folclore (São Paulo), Comissão Paraense e Folclore (Belém), Instituto Histórico e geográfico do Pará (Belém), Sociedade Brasileira de escritores médicos (São Paulo) e  Sociedade Brasileira de Folk-Lore (Natal).
Obras publicadas : Mosaico folclórico – Imprensa Oficial do Estado do Pa, Belém, Pará – 1969. Batuques de Belém – Imprensa Oficial do Estado do Pará, Belém, Pará -1973. A Festa do Jabuti – Falãngola, Belém Pará – 1995. Maria Igarapé (crônicas), Belém, Pará – 1997.
Imprensa: colaborou nos seguintes órgãos: “Folha do Norte”, “Amazônia” (revista), “Labor” (revista – Manaus) e manteve por 21 anos a coluna dominical “No Mundo da Trova” , em “A Província do Pará”.
Prêmios Literários: 3º lugar no 18º Concurso “Mário de Andrade” (São Paulo) Menção Honrosa da APL, Federação de Entidades Trovistas.

FICO DEVENDO A FOTINHO... a festa é só no domingo, postarei então!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Achados de família...





Eu gosto de ti , Belém do Pará, 
Cidade onde o índio tem praça e estátua.
Belém das mandiga e dos banhos-de-cheiro, 
Dos grandes batuques da Maria Aguiar
e do "Buraco Cheiroso" com artigos de fama.
Belém do Museu, do Bosque e do Utinga,
Belém do Imponente Teatro da Paz.

Prefácio de Maria Igarapé

Toda obra literária tem um título.
Breve ao longo, o nome do livro desperta, às vezes, ao leitor, o interesse em adquiri-lo e lê-lo.
Existem obras com a designação curta – “Os Lusíadas”, “Iracema”, “Inocência”, “A Moreninha”, “Batuque”; outras, com denominações extensas: “Como era verde meu vale”, “Olhai os Lírios do campo”, “O Castelo do homem sem alma”, “No Circo sem teto da Amazônia”, “O rio corre para o mar”, “Chove nos campos de Cachoeira” etc.
                Por que “Maria Igarapé”? Indagarão os leitores.
                Na literatura brasileira temos “Maria Perigosa”, de Luís Jardim; “Maria Dagmar”, de Bruno Menezes; “Maria Pudim”, de Breno Acioli; “Maria do círio”, de Maria de Nazaré Holanda; “Maria Rita”, de Afranio Peixoto; “Maria Bonita”, de Aldenora de Sá Porto; “Maria Cabocla”, de Anísio Melhor e dezenas de outros romances, peças teatrais e livros de contos com o nome de Maria.
                Maria Igarapé era a alcunha de Maria Lindomar, um dos tipos populares mais conhecidos e extravagantes de Belém.
                Cearense de Maranguape, Maria Igarapé aqui chegou em 1930 e ficou para sempre. Foi o título de uma crônica que publicamos na “Folha do Norte”, em 1961, a qual, por assim dizer, nos abriu as portas do jornalismo no Pará, pelo sucesso que alcançou. Daí, a nossa gratidão a Maria Igarapé, mulher exótica e desengonçada, cujo epíteto dá o nome a este livro, que reúne 41 crônicas, algumas inéditas, outras publicadas em diversos órgãos de nossa capital.

Pedro Tupinambá



Aqui deixo mais um registro das obras do vovô, com muito carinho e admiração , na véspera de mais um aniversário dele.
Transcrito da obra Maria Igarapé-1997.

Histórico:
Academia Paraense de Letras
CADEIRA Nº 36 – PEDRO DE BRITO TUPINAMBÁ
PATRONO: Terencio Porto
OCUPANTES POSTERIORES: Augusto Correa Pinto Filho, José Rodrigues Pinagé e Orlando Chicre Miguel Bitar.