"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Prefácio de Maria Igarapé

Toda obra literária tem um título.
Breve ao longo, o nome do livro desperta, às vezes, ao leitor, o interesse em adquiri-lo e lê-lo.
Existem obras com a designação curta – “Os Lusíadas”, “Iracema”, “Inocência”, “A Moreninha”, “Batuque”; outras, com denominações extensas: “Como era verde meu vale”, “Olhai os Lírios do campo”, “O Castelo do homem sem alma”, “No Circo sem teto da Amazônia”, “O rio corre para o mar”, “Chove nos campos de Cachoeira” etc.
                Por que “Maria Igarapé”? Indagarão os leitores.
                Na literatura brasileira temos “Maria Perigosa”, de Luís Jardim; “Maria Dagmar”, de Bruno Menezes; “Maria Pudim”, de Breno Acioli; “Maria do círio”, de Maria de Nazaré Holanda; “Maria Rita”, de Afranio Peixoto; “Maria Bonita”, de Aldenora de Sá Porto; “Maria Cabocla”, de Anísio Melhor e dezenas de outros romances, peças teatrais e livros de contos com o nome de Maria.
                Maria Igarapé era a alcunha de Maria Lindomar, um dos tipos populares mais conhecidos e extravagantes de Belém.
                Cearense de Maranguape, Maria Igarapé aqui chegou em 1930 e ficou para sempre. Foi o título de uma crônica que publicamos na “Folha do Norte”, em 1961, a qual, por assim dizer, nos abriu as portas do jornalismo no Pará, pelo sucesso que alcançou. Daí, a nossa gratidão a Maria Igarapé, mulher exótica e desengonçada, cujo epíteto dá o nome a este livro, que reúne 41 crônicas, algumas inéditas, outras publicadas em diversos órgãos de nossa capital.

Pedro Tupinambá



Aqui deixo mais um registro das obras do vovô, com muito carinho e admiração , na véspera de mais um aniversário dele.
Transcrito da obra Maria Igarapé-1997.

Histórico:
Academia Paraense de Letras
CADEIRA Nº 36 – PEDRO DE BRITO TUPINAMBÁ
PATRONO: Terencio Porto
OCUPANTES POSTERIORES: Augusto Correa Pinto Filho, José Rodrigues Pinagé e Orlando Chicre Miguel Bitar.

3 comentários:

  1. Égua, adorei o prefácio. Como podemos ter acesso a esse livro? Ele ainda é vendido nas livrarias da cidade ou é encontrado facilmente nos sebos?

    Abraços.

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  2. Olá Jeco,
    Essa é a questão no momento, estou tentando reunir as 4 obras mais importantes do meu avô, e verificar a possibilidade de um relançamento, no mais, irei postar aqui no blog, muitas destas crônicas.
    Mas se ainda assim vc estiver muito interessado, pode entrar em contato com a Academia Paraense de Letras, certamente tem um exemplar disponível.

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  3. Sim, ainda estou interessado. Ultimamente, ando lendo grandes obras escritas aqui e por autres da nossa região. Seria muito bom se eu pudesse ler as obras de seu avô.

    Um dúvida: a APL dispõe desse livro para empréstimo ou para venda?

    BeijOs.

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