"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O não-processo no exercício da cena


O Não-processo foi uma forma de experiência válida e enriquecedora. 
Aprender a lidar com essa circunstância e entender que é apenas um momento, não foi fácil.
Às vezes as ideias parecem realmente não vir, e a pressão por se ter um prazo a cumprir, nos deixou ainda mais nervosos; e a criatividade parecia fugir de nossas mentes. 
Pode acontecer com qualquer um. Isto me serviu enquanto conhecimento acadêmico para que possa compreender melhor meu aluno, em uma situação semelhante. 
A alternativa sugerida por nós em acordo com a professora, foi escrever este relatório, para que pudéssemos não somente ser avaliados, mas principalmente para que sirva de análise sobre a situação de não conseguir montar uma cena. 
Era uma exercício simples, mas o momento em que estava passando acabou influenciando no meu processo de criação. 
Houve bloqueios de minha parte, não em aceitar a ideia do outro, mas de conseguir executá-la. 
No caso do nosso grupo, não tínhamos mais tempo para poder resolver a cena. 
O cumprimento de nosso cronograma também foi fator de contribuição para um entrave nas nossas decisões.

Não posso deixar de registrar a inquietação que este curso acaba me trazendo. Inquietação no sentido de querer pesquisar mais e poder contribuir para a educação em artes cênicas. Serei uma educadora. Seremos professores. Porém, precisamos ser cobrados enquanto atores, diretores e dramaturgos dentro da academia? Quais estes limites, e será que estas cobranças são suficientes? Temos que sentir na pele, como diz o dito popular, para que possamos de ato saber a real dificuldade, o real sentimento no palco, resolvendo a cena. São questionamentos para futuras reflexões. Mas, utilizando um pouco da minha prática de estágio, cuja turma do Pré-I estou trabalhando, percebo cada vez mais a importância de passarmos pelos não-processos. Percebo o quanto a minha dificuldade de hoje, poderá ser a mesma de meu aluno. Penso principalmente em como ajuda-lo a perceber que isto pode ocorrer e que faz parte do aprendizado, sem que ele queira desistir de ser um ator, ou dramaturgo ou diretor. Percebo que é necessário fornecer opções e mudar de estratégia, sem esquecer do tempo que temos disponível. Com a oportunidade desta análise, finalizo o relatório, satisfeita com os ocorridos e com a sensação de dever cumprido.

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