"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."

sexta-feira, 23 de julho de 2010

IDEA 2010

Casa da Linguagem 


Muita emoção na oportunidade de participar da equipe de Produção Cultural do IDEA2010.
Desde as pré-oficinas, o evento reúne e integra pessoas de todo o Planeta, em prol da arte educação.
Aqui alguns registros desses dias maravilhosos que estou vivendo!

Peter Moser - Período: 15 e 16 de julho – 15h as 18h.

Oficina: Faça Barulho.

Objetivo: Com diferentes formas de inventar música de uma maneira muito livre, utilizando a linguagem o mínimo possível. Vamos fazer músicas curtas que podem, então, ser transformadas em uma estrutura de história curta para apresentação.


Dan Olsen - Período: 15 e 16 de julho - 9h as 13h.

Oficina: Comédia do mundo.

Objetivo: Teatro burlesco para todas as línguas e idades.
Commedia del Mundo ("mundo" é o italiano para o mundo) é uma organização internacional de teatro sem palavras, que pode ser entendido sem uma língua comum e por diferentes culturas: uma forma de teatro que atravessa as barreiras da nacionalidade, religião, etnia e cultura.

Angelika Hauser - Período: 16 de julho - 15h as 18h.

Oficina: Musicalidade e Linguagem.

Objetivo: O som e a linguagem corporal transmitem informações essenciais, que são captadas, em sua maioria, inconscientemente. A Formação em Música e Movimento exploram este potencial e trabalham com ele de uma forma criativa.

Terapia Artística

A Terapia Artística possibilita uma transformação onde o paciente é o agente que segue e dá continuidade a um determinado processo que lhe traz harmonia. Dá forma onde há pouca estrutura, dissolve onde há rigidez, dá clareza onde tudo é vago e traz fantasia onde a mente está endurecida.
O paciente enfrenta limites, supera dificuldades, aprende a adaptar-se ao material que usa, aceita as falhas e tende a desenvolver autoconfiança e auto-estima.
A terapia artística tem metas claras. O resultado estético, porém, não é o objetivo; a importância está no processo.
A terapia artística pode ser aplicada a todos os casos de doença ou desarmonia, sendo que em cada situação será utilizado um meio específico adequado - pintura, modelagem, desenho. Além disso, os exercícios propostos devem ter significado próprio, dirigidos a uma determinada situação.
Qualquer atividade artística pode levar a um caminho de aprendizado e autodesenvolvimento. A terapia artística, porém, é muito diferente da prática artística pura, no que diz respeito à atitude interior, métodos e propósitos. O caminho terapêutico tem a intenção de transformar cada dificuldade em exercícios terapêuticos que possibilitem o processo de mudança.

Medicina Indígena Brasileira: Comparação entre o Saber dos Pajés e a Medicina Antroposófica

O Mundo Espiritual

Para os índios tupi, o mundo sensível é somente uma parte de uma totalidade ternária que inclui também um mundo suprassensível espiritual e também um mundo suprassensível anímico. O mundo espiritual é habitado pelos deuses criadores (tais como o Monan, ou Mayra, tupinambá; o Nhanderu – “nosso pai”- guarani; o Mavutsini xinguano), pelos heróis culturais (os seres gêmeos-planetários que criaram animais e plantas e outros heróis míticos) e pelos espíritos dos humanos (Ayvu, em guarani; Mái, em araweté; E’ami, em juruna).

O Mundo Anímico

O mundo anímico, distinto do mundo espiritual, intermediário entre este último e o mundo sensível, é habitado pelas almas dos mortos (Anhang em guarani e em kamayurá; em tupinambá, ang-uera – alma sem corpo; I’nay, em juruna; Ani, em araweté). Diferente dos espíritos, as almas dos mortos são mortais tanto quanto nossos corpos. Elas sofrem uma “segunda morte” que é representada de forma imaginativa: Os Kamayurá dizem que as almas sofrem um ataque de pássaros vorazes que as vão devorando, devorando, até que elas chegam diante do Uirapy, o grande gavião celeste, que as devora totalmente. Os Araweté dizem que as almas são devoradas pelos Mái, deuses, num banquete antropofágico celestial. Depois de devoradas, entretanto, os deuses as refazem em um enorme caldeirão e elas ressurgem lindas, renovadas, rejuvenescidas, metamorfoseadas em Mái(4).
Para o indígena, portanto, a entidade humana compõe-se de uma parte física, visível – a “pele”(Py), em kamaiyrá, termo que também pode ser traduzido por “vestimenta” ou “forma”. Morrer (manon) é “deixar a vestimenta e ir embora”. A “veste” é animada por uma entidade considerada material, que se separa do cadáver após a morte e fica em torno da tumba, assombrando os vivos que por ali passarem. Esta entidade etérica (anguery, em guarani) dissolve-se com o tempo ou pode ser dissolvida pelo pajé. A Anhang-Alma, por sua vez, é dotada de uma natureza animal. Assim, é comum entre os guarani que se diga “tal pessoa é agitada porque sua alma é de jandaya”, ou “ele é raivoso porque sua alma é de onça”, enfim. Animal e homem tem continuidade, são unos, através do Anhang. O Ayvu (Lógos), Espírito, é a “alma-estrela” e vive na Terra-sem-Mal, podendo reencarnar de vez em quando, para os guarani(5). Para os Kamayurá, o espírito ilustre torna-se um tipo especial de mamaé superior não selvagem. Temos, destarte, uma quadrimembração:

1-Forma Física, “Pele”- Py
2- Duplo etérico do corpo - “Anguery”
3- Corpo Animal – “Anhang”
4- Espírito - Ayvu, Mamaé

Conforme o arque-mito tupi da Criação, Monan-Maýra (Mavutsini no Xingu) estava só e então desejou fazer os humanos, a partir de troncos de árvore. Fez mulheres, primeiro, sua filhas. E depois mandou que elas se casassem com a raça dos jaguares míticos –seres titânicos muito ferozes, seres do caos. Deste casamento das filhas de Monan com as onças é que descendem todos os homens e mulheres. Por isto temos uma essência divina, Ayvu, e Monan é nosso avô celeste, e somos – como dizem os Araweté(4), “deuses esquecidos aqui na terra”. Por outro lado, todos nós temos “sangue de jaguar”, somos filhos da Onça Primordial, e por isto guardamos parentesco com toda a ferocidade predatória e canibal que a natureza apresenta.



Fonte: http://saudealternativa.org/2007/12/20/medicina-indigena-brasileira-comparacao-entre-o-saber-dos-pajes-e-a-medicina-antroposofica/

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O Teatro pós-dramático

Expositor: Leandro
Comentador: Paulo Ricardo
"Dramático, para Lehmann, é todo teatro baseado num texto com fábula, em que a cena teatral serve de suporte a um mundo ficcional.... Com esse conceito de drama que reúne Eurípedes, Molière, Ibsen e Brecht, o teatro épico não poderia ser considerado um salto, porque nele os deslocamentos da dinâmica interpessoal – por meio de coros, apartes, narrativas, etc. – não chegariam a subverter a vivência ficcional."
(Sérgio de Carvalho, Apresentação do livro “Teatro pós-dramático” de Hans-Thies Lehmann)
  
"O teatro pós- dramático é essencialmente (mas não exclussivamente) ligado ao campo teatral experimental e disposto a correr riscos artísticos. (...) Na ênfase em formas teatrais experimentais não está implicando um juízo de qualidade: trata-se da análise de uma idéia de teatro diferenciado, não da apreciação de empreendimentos artísticos individuais. (...)Trata-se aqui de um teatro especialmente arriscado, porque rompe as com muitas convenções. Os textos não correspondem as espectativas com quais as pessoas costumam encarar textos dramáticos. Muitas vezes é difícil até mesmo descobrir um sentido, um significado coerente da representação. As imagens não são ilustrações de uma fábula. Esse trabalho teatral é essencialmente experimental, persistindo na busca de novas combinações ou junções de modos de trabalho, instituições, lugares, estruturas e pessoas."
(Teatro Pós-Dramático, Hans-Thies Lehmann)

segunda-feira, 21 de junho de 2010

PERFORMANCE E ROTEIRO OBJETO



Foram muitos os sonhos...
Sonhos consoladores.
Sonhos reveladores.


E um dia pessoas de branco entraram em minha casa...
Para salvar uma alma que ainda iria chegar...
Um espírito despido de seus medos...
Alma vagando...
O nada. O vazio. 

Agora e na Hora de Nossa Hora - Com Eduardo Okamoto, direção de Verônica Fabrini e preparação de ator do Lume Teatro!

Após a exposição dos objetos/roteiros de cena fomos liberados para assitir um espetáculo do Rio Grande do Sul, em cartaz no Teatro Universitário Cláudio Barradas.






“Agora e na hora de nossa hora” coloca no centro da cena a “cidade invisível”. Todos os dias passamos por ela, mas não a percebemos. Nessa cidade, vivem meninos de rua e também mal os notamos.
A cena recria o cotidiano de um desses meninos: um sobrevivente que luta, ama, se esconde, fuma crack, vive. 

Este trabalho de coleta de materiais foi orientado pelo LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais que, desde a sua fundação desenvolve a metodologia da Mímesis Corpórea: a observação e imitação do cotidiano como base da atuação.  
Aos poucos, esta interação foi estendida aos meninos das ruas de Campinas, de São Paulo e do Rio de Janeiro, incluindo uma pesquisa sobre a Chacina da Candelária.





No espetáculo, a Chacina é apresentada não somente como matéria histórica: os fatos do passado. AS forças que a geraram revelam um comportamento geral da sociedade brasileira com os meninos de rua. A história como modelo revelador de uma conduta social.  





      Pedrinha é um sobrevivente da Chacina da Candelária: escondido sobre a banca de jornal ele assistiu ao assassinato de oito meninos de rua. Ao narrar os acontecimentos da madrugada, Pedrinha revela uma sociedade que nega os meninos de rua até a morte!





Da Interpretação

Fersen, em seu estúdio

Expositora: Maira Tupinambá
Comentador: Ícaro
No texto o autor faz uma crítica a o sistema tripolar – ator- personagem-espectador no teatro. Segundo Fersen o ator deveria tirar a quarta parede e enxergar a platéia, interagindo com o público dando a impressão de que o diálogo envolve a platéia, há muitos prós e contras, uns acreditam nesse modelo e outros o negam veementemente essa postura.
A profissão de ator tem algo de angustiante e de insuportável(...)
(...) Viver nos limites da existência não é fácil.


Em seguida fomos convidados - nas palavras de Wladilene Lima - a "brincar de feira", isto é, expor nosso roteiros, objetos cênicos. Foi bem estranho...

A Exibição das Palavras (o político fazer teatral)

31 de maio de 2010. 
10 º Aula da Disciplina Trajetórias do Ser.
A expositora: foi Kátia Regina Dias Cardela
Texto "A exibição das palavras - Parte I". 
Em resumo este texto traz a idéia de que " o teatro é uma atividade intrinsicamente política. Não em razão do que aí é mostrado ou debatido - embora tudo esteja ligado - mas, de maneira mais originária, antes de qualquer conteúdo, pelo fato, pela natureza da reunião que o estabelece".
Trata da questão do poder do círculo de congregar as pessoas, da rotundidade como elemento de extrema importância no fazer teatral (teatros circulares).
Comentadora: Caroline de Fátima da Mota Y Domingues. 
Mostrou diversas fotos de espetáculos da Unipop (Universidade Popular), que é uma Instituição que entre, outras ações, desenvolve atividades de teatro.
Após o debate Wlad mostrou as mudanças de nosso cronograma de trabalho em função do dia que cedemos para o Seminário de Dramaturgia Amazônida.
Wlad seguiu sua cena e mostrou alguns trabalhos EU-MUNDO da primeira turma do Curso de Licenciatura em Teatro. Teremos que fazer trabalho semelhante para apresentar no próximo 19 de junho. Wlad nos solicitou um roteiro de nosso trabalho. Algo que expresse o que vai acontecer na  encenação EU_MUNDO. Como já disse na postagem anterior, este roteiro precisa ser um objeto cênico, de criação.
Jogo do dia: Paulo Ricardo Nascimento foi indicado para iniciar o trabalho. A dinâmica era a seguinte: a pessoa deveria sentar em uma cadeira - a sua frente tinha outra cadeira, vazia - e conversar com alguém. Paulo teve um diálogo muito sereno. 
Renan Delmontt foi o segundo a participar do jogo. Conversou com uma pessoa, mas não deixou que ela falasse de volta.
Adhara foi a terceira, conversou com seu pai. Não foi exatamente uma conversa, foi quase uma discussão onde expressou mágoas e questionamentos íntimos: "esta é a conversa que eu gostaria realmente de ter com meu pai". 
Leandro Haick sentou-se na cadeira, mas não conseguiu desencadear a conversa.
Nosso último participante do jogo foi Jean Laio que, numa mesa de bar, falou com uma mulher- foi muito mais uma cena do que uma conversa espontânea.
Em seguida houve o momento em que cada "jogador" explicou um pouco do que se tratou seu diálogo.
Agradeço ao blog do Dadinho, que ma ajudou  MUITO nesta postagem! =]

1º Seminário de Dramaturgia Amazônida

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Roteiro-Objeto... Um jeito de fazer!


Suspeito que algumas pessoas ficarão meio-quase-que-totalmente DESESPERADAS com a última tarefa determinada pela nossa fofíssima e deliciosa professora Wlad Lima. 
Muito bem, aqui uma "cola" pra vocês... sou exxpeeeeeeerta! ;)

Como vamos fazer isso pelo amor de God?

-Com as extrações feitas por cada um, das ações, narrativas (de si e de cada um "outro");
-Bricolar um "Frankstein" com nossas sugadas e mordidas;
-Na forma de um objeto, mas com pedaços fragmentados,  rizomático, construído como matéria,
com tudo o que for possível e como ideia, com os nossos perceptos.

E NÃO ESQUEÇAM QUE ESTE OBJETO SERÁ A MATERIALIZAÇÃO DO ROTEIRO DE INSTALAÇÃO.
Obs: Cada página pode ser enlaçada e desenlaçada onde a gente quiser.
Até aqui para segunda-feira.

E nos próximos capítulos...
Usaremos na instalação:
1 objeto que sustente o seu peso;
1 objeto iluminante;
+1 objeto qualquer (coerente com o roteiro ok?)
+ o chão ou o teto.

A delimitação da instalação de cada um será CIRCULAR.

O figurino é a roupa PREDILETA (pode ser customizada)
A Performance será no dia 19 de junho- CHEGUEM às 14h plís! =]

Beijo_me_liga! Amo v6!