"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Performance: A Noiva.




DOSSIÊ
Por: Maira Tupinambá

Performance:  A Noiva.

A Rede Teórica: Dentro dos aspectos centrais da performance da Noiva, podem ser discutidos os desdobramentos de espaço, significado com três elementos centrais, a igreja, a praça e o supermercado, e o tempo, abstrato no sentido de codificar as memórias e esperanças da Noiva e segundo Schechner, enquanto princípios e qualidades da performance no quesito tempo a performance utilizou o tempo flexível no sentido de não haver uma delimitação temporal e o próprio andamento da performance prolongar ou retardar sua duração . A igreja é um lugar simbólico, o ponto maior da performer, por todo o caráter representativo que esse lugar tem relacionado à identidade da Noiva; o supermercado e a praça, bem como as ruas pelas quais a performer andou, como lugar do não cotidiano, do causar estranhamento, como exemplos a Noiva comprar pilhas e tomar água de coco, provocando diversas reações nos transeuntes, algumas já esperadas como um fator de completar a performance, exemplos: pedidos de casamento, oferecimento de alianças, congratulações e desejo de uma boa vida após o casamento, tal como se faz com uma Noiva “de verdade”
Não que pese em planejamento, aspecto previamente esclarecido, mas ao acaso e as abordagens das pessoas presentes nos locais, observamos o aspecto da Completude, indicado numa espécie de cortejo, quando a Noiva caminha pela cidade a procura do noivo e para na porta da igreja falando ao celular. Isso posteriormente tornou-se foco de curiosidade e especulação alheia, trazendo-as até a performer para esclarecimentos. É um comercial? É uma pegadinha? É verdade mesmo, você esta esperando um noivo em uma igreja vazia?
Os aspectos anteriores e as Qualidades da Performance anteriormente citadas, culminam na chamada Realidade Simbólica. O ficcional é representado na figura da Noiva de óculos escuros e sapatos rosa - choque, fugindo em parte do visual clássico e já causando reações que se projetam no extra-cotidiano, espacial com o estranhamento da performer e os consumidores do supermercado ou as pessoas que passeavam pela praça.
O diálogo observado seria com o Happining, pelo fato das pessoas pararem suas atividades conforme a performance cruzava seu caminho cotidiano, transformando-o em não-cotidiano. Foi um “acontecimento” daqueles que serão contados e reproduzidos a partir das pessoas que viram tal “fato”.


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