"Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido."
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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O Clown nosso de cada dia!


Miguxa e Mussarela - amigas pra toda vida!!

Observa a ti mesmo... tuas ações, tuas reações, tua maneira de ser, de caminhar, de ver o mundo, de expressar-se. E exagera a ti mesmo.
A busca do clown é a busca do próprio ridículo.
Expressar-se sendo tu mesmo, sendo natural, é fantástico. Porém, tens que manter a naturalidade desde um estado de energia alta. Se o fazes com uma energia comum, poderias estar comprando no mercado... Qual é a graça? Não serás diferente, porém maior que a imagem que tens de ti mesmo. Ser clown é surpreender a atenção das pessoas... e roubar-lhes o coração.
Converte tuas debilidades pessoais em FORÇA TEATRAL.
Ser clown é a máxima liberdade, a liberdade de arriscar-se...
Não te defendas.
Se um clown baixa as calças de outro, este não o impedirá, observará como lhe baixam as calças com ingenuidade, até que se dê conta de que está em evidência diante do público. Logo pode vingar-se, porém não se defende, deixa que as coisas aconteçam.
Encontra prazer em tudo o que fazes.
Se tu não desfrutas, ninguém o fará. Não podes comunicar prazer a menos que o sintas. O clown joga alto pois nada tem a perder, e portanto é... LIVRE!!! É este o prazer com o qual o público se conecta. Se estás incômodo, distraído ou aborrecido em cena, o público nota e se afasta de ti.
Observa o público.
O público é o espetáculo que diverte e emociona o palhaço. O palhaço não age, reage às ações e às emoções do público. A inspiração, o roteiro, o texto, o momento de encerrar, tudo vem do público.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Eparrê Oiá!


E antes que alguém me chame de macumbeira (como de costume) defendo aqui a cultura da Umbanda, como objeto de pesquisa sobre Antropologia voltada para o Teatro e Expressão Corporal utilizada em rituais. 
Na aula de ontem, conhecemos a professora de Antropologia voltada para o Teatro, Karine Jansen, e eu mal comecei a aula e saí (Comecei bem, heim tia Karine!) mas foi por um bom motivo: fazer pesquisa de campo para servir de base nas próximas disciplinas. Meu objetivo é trabalhar com rituais, mais exatamente... poisé, a tão polêmica Umbanda, uma cultura religiosa riquíssima em aspectos teatrais.
E lá fui eu desde oito da noite para a casa de Umbanda da Mãe Jarina, casa de desmanches e rituais das encantarias que prometem desfazer tudo o que a Quimbanda traz de mal às pessoas. 
Uma breve explicação pra você que nem faz ideia do que estou falando: 

A Umbanda tem como lugar de culto o templo, terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para realização do culto aos orixás e dos seus guias, que na Umbanda se denominam giras.
A Quimbanda é onde atuam os exus e pombas-giras (também chamados de "Povo de Rua"); estes fazem uso de forças negativas (isso não significa malignas), muitas vezes estão presentes em lugares onde possa ter Kiumbas (obsessores-seres malignos, também conhecidos como Egum).

Uma casa grande e bonita, com uma área nos fundos destinada para os trabalhos. Entrei e já haviam algumas pessoas esperando pelo atendimento. Começaram a chegar médiuns, Devidamente vestidos e adornados de guias aguardando a dona do terreiro, Mãe Linda. A casa ia enchendo de gente de todas as idades e de todas as classes sociais, a grande maioria procura a mãe de santo para resolver problemas de saúde, mas há quem queira abrir caminhos ou ainda resolver seus casos amorosos. A mãe de santo chega e inicia o trabalho com uma corrente de orações. Eles pedem por Força e Luz para que possam trabalhar. Daí começam os pontos cantados e não demora muito para a Mãe Jarina "arreiar". Ela saúda seus filhos, dá a bença a cada médium e começa a atender as pessoas que já formam uma fila saído pela porta. 
Chega minha vez e eis que me deparo com a Mãe Jarina. Ela me cumprimenta com muita alegria, diz que já me esperava há algum tempo e que era um enorme prazer me receber em sua casa. Gente, que forte! Eu nem estava acreditando que a Mãe Jarina me admirava tanto. O fato curioso na conversa foi ela dizer que possuo três proteções e uma das, é justamente a Orixá que escolhi e trabalhei no Auto do Círio: INHANSÃ.

- Inhansã é um Orixá forte, com personalidade guerreira, determinada e impulsiva. Ela sempre luta por uma causa nobre e por justiça. Inhansã, Senhora do tempo, é rápida como eles e não fogem as demandas, sendo sempre muito destemida.

Na época do auto em 2009, muitos me falaram que eu era a própria orixá incorporada, mas ouvir isso de uma Mãe de Santo, confesso que foi de arrepiar.
Crenças à parte, melhor não duvidar. Sempre respeitei a religião de cada um, e parei para rever alguns fatos: sendo que sou católica, nascida em 12/12, dia de Nª Sª de Guadalupe, 8 dias depois do dia de Santa Bárbara, cujo sincretismo recai em Iansã (e 8 é o nº da Iansã). Além do fato de ter um nome bem sugestor, Maíra Tupinambá. Como eu disse, melhor não duvidar.

O material para pesquisa é vasto, penso em retornar com uma câmera e registrar as partituras corporais de cada médium no ato de receber as entidades. É visível a transformação no corpo, no rosto e até na fala. Para mim, era um grande palco e as entidades eram personagens encarnados para objetivar o andamento das dramaturgias da vida real, conforme a necessidade, arreiava um caboclo. Eu vi Jarina, Jurema, Yara, Xica Baiana, Oxóssi, Maria Cigana, Mariana, Rosa Boiadeira, Caboclo Sete Flechas, José Tupinambá, Cabocla Girassol e até onde lembro, pois eram muitos que chegavam, estes eu identifiquei pelos pontos cantados e por já ter lido sobre. Cada vez que chegava um caboclo, eles cantavam seu ponto de apresentação e eram aplaudidos e recebidos com bebida, fumo e perfume. 
Impossível não compará-los aos artistas, a grande diferença, é que era real, era a encarnação das entidades.

Cheguei em casa e me assustei, já eram 2h da manhã, e nem senti passar o tempo. 
Foi com certeza, um espetáculo!

Até a próxima postagem.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Territórios de Teatro


Foi simplesmente fantástico o territórios na sua 3ª edição!
Peças diversificadas e público em peeeeeeeeso. Ainda é pouco para uma população tão carente por artes, mas fica o incentivo, a troca e o exemplo do Festival. 
Na abertura do festival teve o Pássaro Junino Tucano, no Teatro Universitário Cláudio Barradas, seguindo direto para Morgue Insano and Cool (Nando Lima), no Casarão do Boneco. na sequência, vimos de tudo um pouco: 

Uma Flor para Linda Flora (Grupo Teatro do Ofício); O Mão de Vaca (Palhaços Trovadores); Abraço (Cuíra);Sirênios (In Bust Teatro com Bonecos); Contos da Floresta (Companhia Bric Brac);Iracema Voa (Ester Sá);Jogo de Sete (Cia de Teatro Em Cores);  Perifeéricos – A Começar pelo Pôr-do-Sol (Perifeéricos);Útero – Fragmentos Românticos da Vida Feminina (Saulo Sisnando);Retalhos de Holanda (Truppe Imaginarte);A Mulher Macaco (Grupo de Teatro da Unipop);Sem Flor, Sem Perfume, Sem Margarida (Companhia Nós do Teatro);Corpo Santo (Companhia de Teatro Madalenas);A Troca e a Tarefa (Yeyé Porto); Águas de Mariana (Gemte);  Meio-Dia do Fim (Pessoal do Faroeste); Quem Tem Riso Vai à Lona (Notáveis Clowns);Frozen (Usina Contemporânea); Os Dons de Quixote (Grupo da Escola de Teatro e Dança da UFPA); In Between (Yael Karavan).  

Ufaaaa! Foram muitas e muitas peças, cultura pra dar e vender, aliás a entrada era apenas 1kg de alimento não perecível a serem repassados para comunidades carentes.
É o tipo de iniciativa e mobilização que a cidade precisa.
Deixo meus parabéns a todos os produtores, divulgadores, artistas e platéia que de alguma forma prestigiaram o evento, fica o gostinho de "quero-mais" e o aguardo ansioso para o próximo Festival!

É isso aew galera, MERDA!


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Maíra Tupinambá

Já estava mais do que na hora de estrear um blog que possa trazer um pouquinho mais da minha personalidade artística.
Nesses dois últimos anos de escola de Teatro vejo que poderia ter feito muito mais.
Dá uma impressão de que apenas assisti meus amigos.
Hora de virar este jogo. =)
Pois bem este blog estará aberto à tds aqueles interessados em compartilhar comigo novos trabalhos teatrais que envolvam, desde interpretação até mesmo criações e projetos cenográficos.

Ah, estarei tentando o PSS2010 da UFPA, para licenciatura em Teatro, é claro!

Pois bem, sejam bem-vindos!

estou separando as fotos de meus trabalhos pra proximas postagens, e mais uns textos.
bjokas!